Uma faixa iluminada, larga e abundante, ficou à disposição dos meus pés, que a pisaram. Foi assim a partir do instante em que me conheci, quando os meus olhos assustados e cheios de curiosidade se colocaram no mundo. Caminhei, então, como se nada tivesse fim. Caminhei confusamente, sem muito rumo, protegido pelo acolhimento e pela segurança daquele caminho.
Sem que eu percebesse, a estrada, antes tão ampla, se estreitou, deixando pouco espaço para os sonhos, a utopia. Sigo agora com mais cuidado, como quem quer evitar tropeços, chegar.
Mário Montanha Teixeira Filho é consultor jurídico aposentado.