Polêmica no Tribunal de São Paulo: servidores não aceitam retomada de trabalhos presenciais, prevista para o dia 27 de julho
A Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo informou ao Tribunal de Justiça de São Paulo que os trabalhadores não retomarão os trabalhos presenciais na próxima segunda-feira (27/7), conforme anunciado pela corte. Em vez disso, estarão em greve sanitária ou ambiental.
A decisão foi tomada após assembleia virtual e levou em conta o avanço da Covid-19 no Estado de São Paulo, com várias cidades no pico da doença e com o sistema de saúde em colapso. Para a associação de classe, a diminuição dos casos a ponto de reabrir o Judiciário ao trabalho presencial ainda é realidade distante.
“Entendemos que não é hora da volta ao trabalho presencial, que deveria ter seu prazo estendido e com segurança, sem o que ficaria o maior Tribunal de Justiça da América Latina responsável por uma ampliação da pandemia com risco de vida dos servidores e de suas famílias”, diz o comunicado endereçado ao presidente do Tribunal de São Paulo, desembargador Geraldo Pinheiro Franco.
A Fespesp ainda informa que os servidores se sentem inseguros e “até mesmo aterrorizados” com a possibilidade de contaminação durante o trabalho presencial, inclusive porque haveria deslocamento para o local de trabalho. Isso significaria “risco iminente de contaminação dos servidores e de seus familiares, que, mesmo assintomáticos, poderão estar infectando os que estão a sua volta”.
Acesse, aqui, a íntegra do comunicado de greve ao Tribunal de Justiça.
Acesse, aqui, documento com a síntese da deliberação sobre a greve.