Cerimônia em Ponta Grossa: cápsula do tempo foi desenterrada no dia 8 de setembro (foto: TJPR)

 

Um documento assinado por juízes do Paraná foi encontrado em uma cápsula do tempo, enterrada há 50 anos em Ponta Grossa, na ocasião dos 150 anos da cidade. O texto foi redigido pelo desembargador aposentado Moacir Guimarães, de 85 anos, que na época era juiz da 1ª Vara Cível de Ponta Grossa. “Fui eu quem redigi o documento, com muito cuidado para não melindrar ninguém, porque era época da ditadura militar, era um momento difícil”, explicou o desembargador, que iniciou sua carreira na magistratura em 1964, um ano após se formar na Universidade Federal do Paraná.

O texto, escrito em 1973, afirma que o “substancial em uma sociedade organizada não é o fluir do tempo. Importa, realmente, a forma pela qual ele foi vivido e aproveitado”, e foi assinado por todos os membros do Poder Judiciário de Ponta Grossa, com dedicatória para os “seus sucessores do ano de dois mil e vinte e três”. Além do desembargador Moacir Guimarães, também assinaram o documento o desembargador Tadeu Marino Loyola Costa, que era juiz da 2ª Vara Cível em 1973 e que foi presidente do Tribunal de Justiça – ele morreu em 2021, aos 82 anos; pelo desembargador Ronaldt Grollmann, falecido em 2006, que na época era juiz da Vara Criminal; e pelos juízes Heitor Pinheiro Lima Filho (falecido em 2011, aos 81 anos) e José Virgílio Castelo Branco Rocha Filho, de 79 anos,  um dos fundadores da Academia Paranaense de Letras Jurídicas.

Na cápsula do tempo, uma caixa inoxidável selada, estavam também outros documentos, como fotos, cartas, jornais da época e até um adesivo sobre o uso do cinto de segurança nos carros. A caixa foi enterrada no Monumento do Sesquicentenário, na Praça Floriano Peixoto, em Ponta Grossa, e aberta durante as comemorações dos 200 anos da cidade, no último dia 8 de setembro de 2023. entre as várias correspondências, foi encontrada também uma carta do prefeito na época, Luiz Gonzaga Pinto, para o prefeito de 2023 – no caso, a prefeita Elizabeth Schmidt –, contando a história da cidade. O conteúdo será, agora, exposto no Museu Municipal Aristides Spósito, que vai passou a funcionar na Mansão Vila Hilda a partir do dia 12 de setembro.

 

Com informações do site do TJPR.