A reestruturação do sistema de carreiras do Poder Judiciário do Paraná atravessa uma fase decisiva. Há mais de um ano, uma reclamação protocolada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela Anjud (associação de analistas judiciários) desencadeou um longo debate sobre as distorções existentes no sistema de cargos e salários vinculado ao Tribunal de Justiça. Com base na Resolução nº 219/16, que disciplina a redistribuição da força de trabalho em unidades judiciárias de todo o País, várias propostas foram elaboradas pela administração local. Elas deveriam ter sido o resultado de um processo de negociação com as entidades de classe do funcionalismo, mas, na verdade, incorporaram apenas a vontade unilateral da cúpula diretiva.
No Órgão Especial – Em 8 de outubro, a minuta de anteprojeto foi incluída entre os itens passíveis de análise pelo Órgão Especial, mas os desembargadores que integram o colegiado preferiram adiar a decisão final sobre o assunto. O documento afirma, em sua justificativa, cumprir orientações do CNJ sobre a necessidade de unificação de quadros. O seu conteúdo, porém, é bastante confuso, e desagradou a quase totalidade dos servidores. Há, nele, vários dispositivos de aparente inconsistência técnica. Durante a assembleia geral da Assejur realizada na noite do mesmo dia 8, esses aspectos foram debatidos coletivamente. O detalhamento dos projetos existentes será objeto de um relatório endereçado a todos os seus membros, junto com considerações sobre a decisão final do CNJ, que indica a ratificação dos despachos liminares concedidos no pedido de providências formulado pela Anjud.
Assessores jurídicos – Em relação aos assessores jurídicos, os principais aspectos das mudanças dizem respeito à denominação do cargo, aos critérios de composição das remunerações e ao conjunto das tarefas inerentes à carreira.