Cármen Lúcia: homologação dá sequência à Lava-Jato no STF

 

A morte do ministro do STF Teori Zavaski aumentou as dúvidas sobre o desfecho das investigações da Lava-Jato. Zavaski era relator do processo em que foram obtidas delações premiadas da construtora Odebrecht, uma das principais envolvidas em esquemas de corrupção que comprometem políticos de vários partidos. Nesta segunda-feira (30/1), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, homologou os depoimentos de 77 executivos que mantêm ou mantiveram vínculos com a empreiteira. Para que o conteúdo das declarações perca o sigilo, no entanto, vai ser preciso uma solicitação expressa da Procuradoria Geral da República.

Redistribuição de processos – O STF ainda não definiu qual critério será utilizado para a escolha da nova relatoria da Lava-Jato. A tendência é de redistribuição entre os outros ministros dos processos que estavam com Zavaski. Com isso, as investigações poderiam prosseguir imediatamente após o fim do recesso judiciário. Seja qual for a alternativa, as polêmicas em torno do preenchimento da vaga deixada pelo antigo relator estão longe de terminar (leia matéria sobre o assunto). Isso porque o presidente Michel Temer, que teria sido citado nas delações, fará a indicação.