Chantagem: Henrique Meirelles se dirigiu a parlamentares para condicionar recuperação da economia à reforma da Previdência

 

A reforma da Previdência, retomada pelo governo em meio a uma crise política gigantesca, segue sem definição no Congresso Nacional. Enquanto o presidente da República concentra atenções para se livrar de denúncias de corrupção, o discurso da área econômica é sempre o mesmo: sem as mudanças, o País ficará ingovernável. Essa é a tese defendida com insistência pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ao se dirigir a parlamentares no dia 7 de novembro, ele ameaçou adotar medidas mais “duras” para atingir o equilíbrio das contas públicas caso a reforma não seja aprovada. Foi uma espécie de chantagem na tentativa de somar votos no Congresso Nacional.

Argumento antigo – O maior alvo dessa investida é o funcionalismo público, apontado como detentor de privilégios. Esse argumento é antigo – e mentiroso –, pois generaliza a existência de distorções no sistema e culpa os servidores – que recebem, via de regra, baixos salários – por um desequilíbrio que tem origem no desvio de recursos para a seguridade social e na corrupção que tomou conta da política no País.

Critérios para aposentadoria – A idade mínima para aposentadoria continua a ser um dos itens prioritários da proposta. Hoje, os trabalhadores podem se aposentar com base no tempo de contribuição. O governo pretendeu estabelecer em 65 anos a idade mínima para homens e mulheres. Na comissão especial que analisou a matéria na Câmara dos Deputados, porém, foi estabelecida uma distinção: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.

 

 

Acesse:

Estudo sobre a proposta original de reforma da Previdência encaminhada ao Congresso Nacional

Matéria sobre a reforma da Previdência publicada no site da Assejur