Paulo Paim na CPI: setores do patronato arrecadam bilhões de reais que não são repassados à Previdência

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as contas da Previdência apresentou, no dia 13 de julho, balanço dos trabalhos concluídos durante o primeiro semestre deste ano. Desde que a CPI se instalou no Senado Federal, foram realizadas vinte e duas audiências. Na descrição dos resultados, o senador Paulo Paim (PT-RS), que preside o grupo, afirmou a necessidade de o Governo repassar à Previdência alguns milhões de reais arrecadados dos trabalhadores brasileiros. Para ele, o déficit na seguridade social não existe: “O relatório sobre os trabalhos da CPI aponta, com muita certeza, que a Previdência brasileira não é deficitária, mas sim superavitária. Ele demonstra, por exemplo, que setores do patronato descontam por ano cerca de R$ 25 bilhões dos salários dos trabalhadores e não repassam nada à Previdência. Isso é apropriação indébita. Isso é crime”.

Dívida acumulada – Além disso, Paim voltou a cobrar de grandes bancos e empresas as dívidas e relação à Previdência. “O relatório também mostra que há uma dívida acumulada de grandes bancos e empresas, como Itaú, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil, montadoras de automóveis e a JBS, que ultrapassa mais de R$ 500 bilhões de reais”, afirmou.

 

Leia, aqui, matéria sobre documento da Assejur que trata da reforma da Previdência.